Amigos,
Segue abaixo artigo escrito pelo Professor Gilson Gomes de Medeiros, da ETFRN/CEFET, sobre os anos FHC. Ele não lembrou que tentaram estadualizar a escola, mas que os alunos e professores se uniram e abortaram a tentativa. Eram tempos emocionantes, como dizia Luis Aquino.
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"Como funcionário público federal, devidamente concursado, de dois órgãos subordinados ao Ministério da Educação, tive oportunidade de participar da direção de um deles - o CEFET, atual Instituto Federal (IF) - quando, no governo FHC (do qual fez parte o Ministro Serra, hoje candidato), o MEC era dirigido pelo Sr. Paulo Renato. Esse ministro tratou à míngua as nossas instituições de educação mais importantes - o então CEFET e a UFRN.
Pela primeira vez na história, uma instituição centenária como a nossa teve o desprazer de ter telefones e energia elétrica cortados por falta de pagamento, mas não pagávamos porque no orçamento não verba não havia suficiente para isso. Eu era gerente de uma área de ensino com 1200 alunos e mais de 100 professores, e não tinha recursos na minha gerência para comprar um cartucho de tinta para uma impressora, e muitas vezes tive de tirar dinheiro do próprio bolso para essa e outras necessidades, de forma a não deixar de atender aos alunos e a seus pais. Houve uma forte intenção de "quebrar" o CEFET para depois privatizá-lo. Graças a Deus e aos esforços dos que nele trabalham, isso não
ocorreu.
Com o atual governo, ao contrário, não só tivemos mais facilidades de manutenção, como pudemos ainda expandir o Instituto para muitas cidades do interior - Apodi, Pau dos Ferros, João Câmara, Santa Cruz, Caicó, Ipanguaçu, Currais Novos, e agora Parnamirim, São Gonçalo e Nova Cruz, além de melhorar as nossas unidades já existentes em Natal e em Mossoró - e abrir mais duas escolas em Natal, uma na Zona Norte e outra na Av. Rio Branco. Muito dinheiro foi investido em construções, equipamentos e na contratação, por concurso, de dezenas de professores. Com isso, um número ainda maior de jovens (e de adultos também) passou a ser atendido pelo nosso IF.
Por essas razões, gostaria de não ver essa escola a quem já dediquei 30 anos de minha vida profissional, escola que goza o respeito de todo o nosso RN, ficar refém mais uma vez da política de "terra arrasada? do Sr. Paulo Renato (que foi Secretário de Educação do governo José Serra em São Paulo e, ao que tudo indica, poderá voltar ao MEC em caso de vitória tucana e se não for ele será outro com igual pensamento). Sou, então, impelido a votar na continuidade da política educacional do atual governo federal embora a grande imprensa nacional faça a ele e à sua candidata uma campanha acirrada e desleal procurando
desmoralizá-los impiedosamente (e nesse ponto os boatos na internet têm colaborado com as piores e impublicáveis baixarias. E por isso votarei novamente como fiz no primeiro turno em Dilma para presidente.
Respeitosa e democraticamente, acato a posição contrária de qualquer pessoa, porque cada um tem seus próprios motivos para escolher em quem votar. Mas faço esse esclarecimento porque acho que é preciso pensar no perigo que correm as nossas Instituições Educacionais (não só o IF, mas também a Universidade Federal, outra vítima dos anos de governo do PSDB) e todos os jovens que dela dependem. Resumindo com uma frase que não é minha, mas que eu gostaria de ter escrito: Dilma não chega a ser a candidata dos meus sonhos, mas Serra é hoje o candidato dos meus maiores pesadelos."
domingo, 10 de outubro de 2010
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